segunda-feira, abril 28, 2008

PostHeaderIcon Trabalho

Busquei me colocar no mercado de trabalho e consegui.
Tenho tantas atividades e tantas obrigações que não tenho noticias para postar.
A coisa lá está muito confusa e ainda não vislumbro luz no fundo do tunel, para ser sincera.
Conversando com meu marido e contando algumas coisas que estão ocorrendo lá, ele suspeita de desfalque grosso...
Já vi esse filme!
Bjkª. Elza
sexta-feira, abril 25, 2008

PostHeaderIcon Alerta

6h45 de quinta feira toca o telefone.

- Mãe, Mamãe, me ajude, disse a voz chorosa de mulher.

- Não sou sua mãe porque não tenho filhos. Vá se danar! respondi para quem pensou em me passar um trote terrível.

Conheço mais de uma pessoa que caiu nessa história de - Mamãe me ajude!!!!!!!!!!!!

Sei porque as pessoas caem nesse engodo. A voz é convincente e parece esta sofrendo de fato.

Minha amiga Cecilia estava com o filho na frente dela quando recebeu uma dessas chamadas e também desligou após uma malcriação.

Cuidado com essas ligações. Mesmo que vc tenha filhos não acredite nesse pedido de socorro. Desligue e procure notícias do ente querido.

Bjkª. Elza
quinta-feira, abril 24, 2008

PostHeaderIcon Emoções

Fui ao Forum Central hoje à tarde. Coisa rara, pois, milito na área trabalhista.
Estava eu esperando meu cliente, bem na porta do Forum, quando sou chamada por voz feminina.
Olhei e me deparei com Valéria.
Fomos vizinhas e amigas enquanto tivemos escritório no mesmo prédio, no Centro . Ela era recem casada e engravidou já madura. Eu casei passada dos 40 ... Trocávamos figurinhas, sem dúvida. Meu Pai gostava dela.
O bebê nasceu e ela não voltou ao escritório. Montou um perto da casa.
Levei presentinho na maternidade e nunca mais tivemos contato. Coisas de São Paulo!!!
O encontro foi emocionado. Levantamos a tampa do passado e reavivamos as memórias. Ela me deu seu telefone e me pediu para ligar e lhe passar os meus.
Cheguei em casa e meu telefone toca. Alguém me chamando pelos meus dois nomes de batismo ... Só quem me conhece desde mocinha usa meus dois nomes...
Era a ex-diretora da escola mantida pela entidade que dirigi.
Ela me conhece desde que entrei na faculdade de Geografia e orientou meu estágio. Ela me ensinou a montar o planejamento anual. Enquanto dirigi a entidade a tinha como aliada e meu braço direito.
Mais uma vez a tampa do passado foi erguida e outra vez a memória restou remexida.
Muita emoção num dia só.
Nem sei o que digo... meu irmão está na UTI semi intensiva e se preparando para ir para o quarto e depois, liberado do hospital.
Estou muito cansada. Muita atividade profissional, muitas audiências e responsabilidades.

Bjkª. Elza
domingo, abril 20, 2008

PostHeaderIcon Arrumei sarna pra me coçar

Falarei sobre essa sarna noutro dia, mas é da grossa, e me renderá numerário interessante.
Hoje só posso dizer que meu irmão está outra vez na UTI.
Doença Pulmonar Oclusiva ou Obstrutiva Crônica não tem cura, é progressiva e ele tem crises. Foi para a UTI ontem e não se sabe quando sairá.
Volto qualquer hora.
Bjkª. Elza
quinta-feira, abril 17, 2008

PostHeaderIcon Esse cachorro é demais

Meus caros leitores, preciso agradecer a compreensão de todos e o carinho nessa hora de aflição.
Não tenho filho de sangue, mas tenho filho cachorro e filha gata. Gatíssima, para falar a verdade.
Levei o Baltazar ao vet homeopata que me mandou passar uma pastinha de maizena com água sobre as lesões e no dia seguinte, pente para tirar as casquinhas.
Muito boa receita. As lesões secaram e não surgiram outras.
A gotinha de homeopatia foi suspensa por 2 dias, pois, o Dom Baltazar apresentou quadro de tristeza profunda e apatia.
Voltará à gotinha amanhã para verificarmos se foi a medicação que causou o estrago no humor do moço.

Em outras palavras: ele está muito melhor. Amanheceu alegre e me provocando para brincar; subiu na cama e no sofá como se jamais tivese tido qualquer dor; passeou numa boa e se divertiu com os outros cachorros. Está quase curado dessa crise.

Algumas pequenas lesões ainda não secaram e, ao que tudo indica trata-se de doença crônica, sem cura. Tem controle, mas não tem cura e ele sofrerá outras crises se eu não cuidar direito.

Detalhe: ele pode ficar amuado mas não perde o apetite.

Assim, só me resta agradecer a compreensão e estima de todos.

Bjkª estalada para cada um. Elza
domingo, abril 13, 2008

PostHeaderIcon Baltazar

É uma delicia de cachorro. Calmo, parceiro, amigo, brincalhão. Tem muitas outras virtudes e me causa muita aflição.
Ele tem problema de pele o que é comum na raça.
Aparece um grosseiro por debaixo do pelo. Vermelho, coça e escama. Vai se espalhando pelo corpo dele e atinge até o focinho. As mucosas da boca e da orelha ficam vermelhas e quentes.
Venho lutando com esse problema faz mais de dois anos. Ele passa épocas bom, sem qualquer lesão, sem se coçar e, de repente, tudo começa.
Já tem alguns pontos com cicatrizes, como na para direita dianteira.
Imagine antibióticos e corticóides; fungicidas e antialergênicos ... já usei de tudo. Shampoos formulados, cremes de tudo quanto espécie, até calmantes já foram recitados para ele.
Já rodei veterinários e mais veterinários aqui em Sampa e nada deu conta desse problema.
Converso com meus conhecidos cachorreiros pela rua e todos me dizem que seus animais também tem essas feridas. Cada um usa de um sistema para amenizar o problema.
Meu cachorro não come ração. O comedouro é de aluminio e o bebedouro de vidro. Aboli produtos químicos em casa, ou seja, passo o desinfetante e depois, pano úmido para retirar eventuais resquícios.
Ele continua em crise e, por fim, já desesperada, acabei levando ao homeopata.
Receitou uma gotinha de qualquer coisa duas vezes ao dia.
Mandou que fizesse papinha de maizena e colocasse sobre as lesões e no dia seguinte passar pente fino para retirar as cascas.
Voltar em 50 dias para saber no que deu.
Faltam 49 dias para o retorno.
Todos são unânimes: pode ser emocional porque meu marido viaja demais e não fica com ele.
Por outro lado, conversando com uma amiga espírita, ela me disse que o Baltazar está limpando o veneno que o Gaspar ingeriu e que devo ter calma e controlar como mandou o homeopata.
Outra amiga espírita me disse que não é possível a limpeza de veneno porque o Baltazar nasceu antes do Gaspar morrer ... Todavia, ele está captando as energias da casa e purificando o ambiente. Eu devo fazer limpeza espiritual na casa ao menos uma vez por semana.
Tudo isso será feito: homeopatia, limpeza da casa, reike nele todos os dias ... alguma outra sugestão?

Bjkª. Elza
quinta-feira, abril 10, 2008

PostHeaderIcon " O õnibus é a praia do povo"

Lendo a Folha de São Paulo de hoje, deparei-me com artigo da psicanalista Anna Verônica Mautner, com o nome desse post e me encantei com o que li.


Faz tempo que venho tentanto entender porque a mulher na cidade grande e sem atrativos usa roupas impróprias, curtas, agarradas, exibe carnes e peles em lugares inusitados e coisas assim. Tenho postado a respeito disso. Vivo me batendo que tem hora e lugar para o exercício da sexualidade e que as mulheres devem se valorizar mais e se expor menos.


Pois bem, a articulista esclareceu a questão de forma tão simples e pura que me permito reproduzir, na íntegra:



Anna Veronica Mautner

O ônibus é a praia do povo

Há alguns anos, eu me pergunto o porquê dessa onda de usar roupas apertadas, seguramente de numeração menor do que o corpo que vestem. A moda "pegou" especialmente entre as mulheres das classes menos favorecidas, ditas trabalhadoras. Conforme se sobe na escala social, a numeração vai aumentando. Mas isso seria assunto de sociólogo. Quer confirmar? Basta olhar em volta, no metrô ou à espera dele, no ônibus ou à espera dele, para encontrar mulheres que não se inibem em mostrar os recortes de seu corpo e até das partes... como as chamaremos? Depois, é só olhar a roupa dos ricos, estampada nas revistas, na televisão: as supostas formadoras de opinião se vestem diferente. Dizer que as roupas baratas não são feitas em números grandes não é verdade -ou, pelo menos, não justifica. Mesmo porque as mulheres magras, do povo, também se esmeram em usar roupas agarradas. Não é questão de tamanho nem de preço. Creio que é de classe social. O confeccionista faz o que tem mais saída. Não estou discutindo se cavalo curto, entrando pelas reentrâncias, é bonito ou feio, se agrada ou não agrada, se é sexy ou não. Uma coisa é certa: cavalo curto, com camiseta curta e apertada, apela para o erótico e deve atender a algum apelo de diferenciação de gênero. Atribuo seu sucesso a Eros. Não digo que as classes A, AA ou AAA não usem cós baixo, deixando entrever as roupas íntimas, mas a ocorrência é menor e, em geral, restrita a adolescentes que arriscam. Com o aumento da idade, a exibição é amenizada. O que me intriga é o seguinte: dizem que as mulheres da classe trabalhadora almejam ter acesso ao universo das "madames"; mas, no que se refere ao cavalo curto e ao tamanho das roupas, observamos uma completa autonomia entre as duas classes de mulheres. Quem me lê pode supor que estou criticando, mas não é nada disso. Escrevo para expressar a minha admiração em relação à saúde e ao orgulho com que certas mulheres menos complicadas e sofisticadas assumem seu lado erótico. Justamente pensando nisso, ocorre-me uma idéia. Espremida entre o trabalho e todas as tarefas caseiras que lhe cabem, a mulher trabalhadora, a mulher operária, encontra no espaço da locomoção pública o lugar onde "vê e é vista". Aí ela se compara e pode viver sua sensualidade e seu erotismo. As colunas sociais e de fofocas estão repletas de endereços onde as mulheres que não tomam condução, pois têm automóvel à sua disposição, vão para "ver e serem vistas". Os clubes esportivos e sociais, os teatros, os restaurantes, o campo e a praia constituem o espaço da paquera dos que têm acesso a esses lugares. Na falta de tempo para freqüentar praia, clube e shopping, as mulheres da classe trabalhadora encontraram uma saída criativa. Não sendo vergonha nenhuma ser mulher e querer agradar, usam o espaço público da urbe para paquerar -ele se presta muito bem a isso. É verdade que são horas e horas de possível desconforto, mas "vendo e sendo vistas". E, para tanto, a roupa que mostra sem desvelar é o ideal, já que o biquíni na cidade é impossível. Parabéns ao instinto de vida!
ANNA VERONICA MAUTNER , psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, é autora de "Cotidiano nas Entrelinhas" (ed. Ágora)

Enviei e.mail para ela informando que divulguei o artigo no blog.

Bjkª da Elza
segunda-feira, abril 07, 2008

PostHeaderIcon Quem entende?

Cena 1

Logo cedo ela começou a se arrumar para o compromisso importante. Vestiu saia nova, listrada, godê, de seda. Linda!

- Credo, fiquei parecendo uma barrica! Ou eu emagreço ou eu emagreço! Nenhuma roupa orna em mim. Vou por essa aqui e o blaser por cima para esconder as banhas. Também , na minha idade e com esse corpo quem vai reparar?

Vestiu-se de azul claro. Calças compridas e blusa, quase no mesmo tom. Discreta. Sapato baixo, complementos em prata. Batom e esmalte vermelhos combinando. Levou blaser só para se assegurar que não sentiria frio e, para esconder as banhas.


Cena 2

Sem pressa ela pegou o conjunto novo, cor de rosa berrante. Passou a ferro e esmerou-se em encontrar blusa e sapatos apropriados. O colete era curtinho e para se garantir levou um blaser.

- Nossa, como essa roupa me caiu bem. Vou fazer sucesso, hoje!


Cena 3

A de azul foi cumprir com seus deveres e obrigações. Numa repartição ouve de um funcionário:

- Estou olhando para a senhora e não posso deixar de elogiar sua elegância. A cor de sua roupa, o corte ... muito elegante. O blaser no braço dá um charme especial. Esse esmalte vermelho também lhe assenta muito bem. Minha mulher que não me ouça, mas a senhora está muito linda!


Cena 4

A de rosa, toda faceira, ouviu:

- Minha filha, você está de calcinha preta, não está? Como eu adivinhei? É que sua calça rosa é transparente e dá para ver direitinho a langerie. Se eu fosse você iria ao banheiro e tirava a calcinha para ficar menos indecente. Vou lhe dizer, menina, quando se usa roupa clara a calcinha tem que ser clara para não aparecer, viu?

Mais do que depressa a faceira tratou de vestir o blaser para se esconder.


Conclusão: tem certeza que vc sabe se julgar?

Bjkª. Elza
quinta-feira, abril 03, 2008

PostHeaderIcon Surpresa

Conheci um rapaz engraçadíssimo, alegre, cheio de vida e de novidades, ria de tudo e de todos e contagiava quem estivesse por perto. Os olhos sempre brilhantes e travessos olhavam o mundo pela ótica do homossexualismo assumido desde jovem.

Passou alguns meses fora do Brasil e foi despachado de volta pela empresa que comandava o intercâmbio e sua estadia com familia porque, seduziu ou foi seduzido pelo patriarca.

Quando retornou ao Brasil era outra pessoa. Vivia na noite, não trabalhava e tornou-se promíscuo. Não se cuidou, também, até encontrar Beto.

Um contraste, pois, enquanto um era moreno, extrovertido, alegre e irresponsável, o outro era loiro, imensos e tristes olhos azuis, tímido, de familia humilde e trabalhador.

Moraram juntos por alguns anos. Compraram coisas de casa e cuidavam de si. Eram felizes e Beto colocou o parceiro na linha. Acabaram-se as noitadas, as gandaias, a promiscuidade. A influência de Beto sobre ele foi enorme e até trabalho arrumou e acabou-se a gandaia e a promiscuidade das saunas e dos banheiros de casas noturnas. A vida seguia ao lado do enorme cachorro que eles criavam, quando a aids manifestou-se num deles. Foram morar com os pais do doente.

Durou dois anos a agonia. A familia tradicional, cheia de brios e preconceitos, não aceitava o relacionamento dos dois. Passou a culpar o loiro pela "praga" que atacara seu filho. Diziam que ele estava com câncer aos parentes e vizinhos. Suportava a presença de Beto na casa para cuidar do doente que perdera todas as forças e funções. Beto só teve certeza da doença que acometeu seu parceiro porque a médica o chamou e abriu as possibilidades de ele estar contaminado. A familia não queria que ele soubesse da verdade.

Na véspera de sua despedida ele agradeceu ao parceiro a paciência, a compreensão e a felicidade, perante seus familiares que, aproveitaram e despacharam Beto para fora de suas vidas, como um nada, um ninguém. Um irmão do parceiro montou guarda no quarto enquanto Beto retirava seus pertences pessoais e ninguém perguntou a quem pertenceriam os bens comprados por eles enquanto puderam viver sozinhos. Beto saiu dessa relação desempregado e com as roupas do corpo. Ninguém perguntou se ele precisaria de alguns daqueles bens para recomeçar sua vida.

Fevereiro/95, morte e enterro. Fim de uma vida nesse plano aos 30 anos de idade. Beto não foi convocado para as cerimônias fúnebres e nem os vizinhos que viram o falecido nascer.

Fevereiro/96 deu-se incêndio no apartamento da familia. Tudo queimado, desde obras de arte caras e raras de pintor primitivista brasileiro até móveis velhos e podres. De roupas de grife nos armários até comida sobre a mesa largada por causa da fumaça. Perdeu-se tudo! O que fora adquirido pela familia e o que fora adquirido pelos jovens separados pela aids.

Familia indigna com o parceiro de seu filho e com o vizinho do apartamento do andar inferior que foi invadido pela água e fuligem do incêndio criminoso ateado pelos jovens netos do casal.

Encontrei Beto hoje. Bonito, arrumado, saudável e feliz com outro parceiro numa relação de 10 anos. Nós nos reconhecemos e recebi abraços e beijos de carinho como se tempo não existisse entre nossos últimos encontros.

Ele me disse que reconstruiu a vida, tem sua casa e nos finais de semana vai ao sitio onde tem 6 cães e 9 gatos, piscina e amigos. É amado e respeitado pela familia de seu parceiro. Falamos muito no Renèe e recordamos episódios divertidos e também dos não tão felizes, é claro.

Por que estou contado isso? Não sei, na realidade. Talvez para ilustrar sentimento profundo e gentil que unia dois homens adultos e homossexuais que eu encontrava na garagem do prédio em que morávamos, com o cachorro. Eram jovens, alegres e nunca soube dos apuros pelos quais Beto passou durante a doença de Renèe. Depois de 12 anos da morte, quando nos reencontramos, é que ele abriu a boca e contou o quanto sofreu. Emocionou-se e me cativou mais uma vez.

Gilberto Gil disse que "qualquer forma de amor vale a pena". Taí a prova. Beto está redimido, saudável e feliz.

Bjkª. Elza
terça-feira, abril 01, 2008

PostHeaderIcon Cheiros


CHEIRO : Datação sXIII cf. IVPMAcepções■ substantivo masculino

1 propriedade que têm certos corpos de emanar partículas voláteis capazes de afetar os órgãos olfativos do homem e de certos animais, e cuja percepção manifesta-se em sensações diversas; odor Ex.:

2 Derivação: por metonímia. Uso: informal. distinção feita entre essas emanações; olfato, faro Ex.: identificar pelo c.

3 Derivação: por metonímia. Uso: informal. cheiro (acp. 1) bom, agradável; perfume, aroma, fragrância, olor

4 Derivação: por metonímia. composição feita de essências perfumadas; perfume Ex.:

5 Derivação: por metonímia. cheiro (acp. 1) ruim; mau cheiro (acp. 1); fedor, fedentina Ex.: que c., parece peixe podre

6 Derivação: por metáfora. qualidade que suscita certas sensações Ex.:

7 Derivação: por metáfora. vestígio que indica com probabilidade a existência de alguma coisa; indício, rastro Ex.: não deixar c.

8 Regionalismo: Nordeste do Brasil. ato de cheirar carinhosa ou sensualmente alguém Ex.: dar um c. no bebê

9 Regionalismo: Brasil. m.q. sachê

10 Rubrica: angiospermas. Regionalismo: Maranhão. m.q. coentro (Coriandrum sativum)



Certa feita conheci mulher que tinha cheiro pessoal e inesquecível. Usava perfume que parecia produção pessoal para ela, embora pudesse ser adquirido em qualquer loja do ramo. Cheiro inconfundível.

Aquele louro de olhos azuis também detinha cheiro inconfundível, pessoal e arrepiante. Mistura de perfume com alfazema colocada entre suas camisas. Cheiro insquecível.

Cheiro de lixo ninguém confunde.

A vida é repleta de cheiros, aromas, olores, odores, fragrâncias e perfumes e, fique claro que só quero me referir ao que agrada ao olfato. Quem não se lembra do cheiro de bolo sendo assado no forno da avó? Quem se esquece do cheiro do café passado na hora? Lembra-se como ficou perfumado o banheiro depois daquele longo banho? ... bebê de banho tomado e fraldas trocadas?

Particularmente, eu adoro cheiro de terra molhada, de grama recém aparada, de dama da noite, cachorro limpo e de feijão na panela.

Da mesma forma como vozes me marcam, cheiros também me falam à alma e desde que conheci aquela mulher cheirosa a quem me referi lá no começo do post eu venho em busca do meu cheiro pessoal, comprado em frasquinhos nas perfumarias da vida. Já estive em várias e nunca me encantei com algum em especial. Já senti prazer em usar esse ou aquele, mas nada efetivamente especial, até hoje.

Em busca do meu cheiro entrei numa perfumaria e tive a felicidade de ser atendida por alguém que entende da arte e gosta do que faz. Ela começou a me mostrar as opções dentro do que eu lhe dissera e, de repente, ela mudou de rumo e me apresentou Wave Cool Water de Davidoff.

Senti o perfume penetrando nas minhas narinas e ao mesmo tempo, num piscar de olhos, sem minha autorização e sem meu conhecimento, aquela fragrância estava remexendo no meu cérebro, nas minhas memórias, nos meus guardados mais caros e recônditos. As lágrimas começaram a brotar dos meus olhos e desceram pela face sem controle.

A emoção me tomou. Fiquei envergonhada pelo vexame e ao mesmo tempo feliz porque, finalmente, encontrei algum odor que me sensibilizou e que pode ser o meu cheiro.

A vendedora me perfumou e me disse para sentir esse aroma e vivenciar e a intensidade do sentimento que ele desperta até me sentir satisfeita com as respostas que virão e as memórias que voltarão.

Aconselhou-me a não comprar a fragrância até ter certeza que é o que eu busco como marca registrada.

Nunca imaginei que perfume pudesse despertar tamanha emoção.

Bjkª. Elza



Thelma Louise

Thelma Louise
Minha gatinha querida

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Elza Maria sempre em busca de respostas. Paradoxal, curiosa, inteligente, crítica, observadora, sentimental, habilidosa, amorosa, sensível, disciplinada e um montão de outras coisas. Ser humano normal, comum, mediano, mas que gosta de escrever e está no quarto blog.

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