Saudade

Noutro dia ouvi alguém dizer que essa palavra só existe em Português e em outro idioma e acho que é árabe ou talvez num daqueles falados no leste europeu... de fato, não me lembro!
Ela sintetiza a ausência, o vazio e o amor por algo ou alguém distante, seja por morte ou por qualquer outro motivo.
Ela vai se instalando e, de repente, deparo-me com a saudade sentada no meu colo pedindo providências.
Trato dela e a acomodo para dormir por mais um tempo.
Preciso viver.
A danada volta, às vezes, com intensidade redobrada e aí a coisa se complica.
Ela começa a dar sinais se sua existência ao penetrar nos meus pensamentos sem autorização. Traz imagens de dias vividos e pessoas idas; sons que um dia tiveram significado especial; paladares e odores que renascem outras lembranças.
Ela não chega a incomodar e não machuca, mas é quase palpável de tão forte.
Esmaece e se acalma conforme é tratada. Nada de muito dengo ou atenções, senão gruda e consegue fazer estragos. Precisa ser tratada com respeito, carinho e atenção, mas com distância.
Ela tem que aprender seu lugar! Tem que se acostumar com as mudanças que o tempo exerce em nós que ficamos aqui.
A saudade não pode e não deve ser a mesma o tempo todo para preservação da sanidade física e psíquica das pessoas. Ela vai diminuindo e se tornando numa simples nostalgia, sob controle, transmudada, com o transcorrer dos tempos, caso contrário, ninguém seria feliz.
Posso ficar aqui o dia inteiro dando tratos à bola e escrevendo um monte de besteiras, mas, confesso, hoje, a saudade está bem pertinho de mim.
Sinto que me aperta o coração.
Abriu a torneira que tenho nos olhos.
Bjkª. Elza
Boa memória

Eu tinha um Chevette com trava. Era um pininho que, inserido no painel do carro ligava todos os comandos. Retirado, o carro não dava sinal de vida.
No chaveiro do carro existia uma chapinha com um burado para ser acoplada a peça.
Quando chegamos em casa, naquela noite, o telefone tocava insistentemente:
- Filha, não consigo encontrar ...
- O que vc perdeu, Mãe?
- Na verdade, eu não perdi nada, mas estou tentando encontrar a cabeça do seu marido. O resto eu já achei: o relógio, a aliança, os óculos, a carteira de dinheiro e a placa da trava do carro... A cabeça está no pescoço dele?
Assim, descobri que meu marido não tirava o segredo do carro na porta do prédio de minha Mãe e que a qualquer hora eu ficaria a pé...
Pensa que ele mudou? Eu aprendi catar as coisas dele, pois, mais de uma vez voltamos a restaurantes para buscar algum perdido dele.
Claro que quando ele viaja sempre sobra algo para traz. Faz umas 3 semanas ele foi para BH e ao me avisar que já aportara nos Buritis:
- Beeeeemmmmmmmmm, eu não tenho lençol e nem fronha! Eu não peguei ... Vou dormir sobre o protetor de colchão e usar a colcha de piquê como lençol!
Noutra feita ele chegou em casa um um cinto esquisito e que eu jamais vira.
- É do Nelson. Esqueci de levar e ele me emprestou ...
Quando ele está na porta se despedindo para embarcar nalgum avião confiro a lista: aliança, relógio, carteira, dinheiro, óculos, chave de casa, telefone e carregador, notebook e carregador ...
Sou humana e erro, como todos. Na manhã daquele dia fatídico, quando ele saiu em viagem, eu ainda dormia e não chequei a lista. Além de não conferir a lista de coisas "esquecíveis", ao sair para a Justiça, não me ocorreu deixar chave de casa na portaria, especialmente porque ele me dissera que só voltaria no dia imediato!
- Beeeeeeeeeeemmmmmmmmmmmm, você vai demorar? Acabei de chegar de viagem e não posso entrar em casa porque esqueci a chave!!!!!!
Ele esperou pelo menos uma hora além do necessário porque resolvi lavar minha honra e corri atras de uma doida que quase acabou com meu carro!
Hoje eu fui ao cabeleireiro e ele estava na rua com a moto, sem chave, é claro! Deixei a chave na portaria ... Nada como ser prevenida!
Bjkª. Elza
Aborrecimento no trânsito

Aprendendo Inglês via net
Three things in life that, once gone, never come back
1. Time
2. Words
3. Opportunity
- life - vida
- once gone - uma vez que se foram
- never come back - nunca voltam
Three things in life that can destroy a person
1. Anger
2. Pride
3. Unforgiveness
- destroy - destruir
- anger - raiva
- pride - orgulho
- unforgiveness - incapacidade de perdoar
Three things in life that you should never loose
1. Hope
2. Peace
3. Honesty
- loose (loose, lost, lost) - perder
- hope - esperança
- peace - paz
- life – vida
Three things in life that are most valuable
1. Love
2. Family & Friends
3. Kindness
- most valuable - mais valiosas
- friends - amigos
- kindness – gentileza
Three things in life that are never certain
1. Fortune
2. Success
3. Dreams
- fortune - boa sorte, fortuna
- dream - sonho
Bjkª. Elza
Fui publicada
Sou vítima delas.
Enviei e.mail para redação.
Saiu, hoje, minha mensagem, na última folha da revista, um tanto deturpada, mas saiu.
"Tenho tornozelos frágeis devido aos inúmeros tombos pelas calçadas de São Paulo. O mais recente foi na Rua Divino Salvador, em Moema, onde moro. Tenho vontade de tirar fotos e mais fotos das calçadas irregulares. Sabe porque não vou ao judiciário pedir indenização aos donos dos terrenos e à prefeitura? Por que o judiciário é espelho das calçadas: não funciona. Parabéns pela reportagem."
Bjkª. Elza
Estou chegando no meu limite
Estou adiando e adiando mas a coisa não vai continuar assim.
Sem bjkª. Elza
Sexta-feira

Claudemira ataca, de novo

Noutra noite, houve festa na casa de uma pessoa alegre e sempre muito arrumada. As vezes tem gosto duvidoso para se vestir, mas aceita conselhos e reparos. Adora sapatos, bolsas, bijuterias. Nunca se viu a perua sem esmalte nas unhas. Assume que é perua e que gosta de olhar vitrines para tirar idéias de como se enfeitar.
Aniversário
Bjkª. Elza
Garça

Era 1.947. Julho. Dia frio. Sem médico, sem maternidade, sem encubadora, sem pediatra, ela deu à luz um menino de menos de 45 cm e com apenas 1.200gr. Primeiro filho só sobreviveu porque a Mãe dela o enrolava em algodão e o mantinha aquecido com bolsas de água quente.
Trata-se de fato real e aconteceu em Garça, cidade do interior de São Paulo que hoje tem uns 30.000 habitantes.
Meu irmão nasceu lá por que meu Pai era delegado de polícia naquela cidade. Esse é o meu irmão mais velho, aquele que ficou doente e que está em casa, saudável e bem.
Era época da Shindo Remei contada pelo Fernando Moraes no livro de alguns anos atrás. O livro é chato e cita nomes e mais nomes e se perde da história principal. Narra com minúcias histórias paralelas ao tema central, mas para quem não conhece, vale a pena saber o que aconteceu com os japoneses do Brasil que não acreditavam que o Imperador se rendera.
Meus Pais moraram em Lucélia e em Garça nessa época. Contavam muitas histórias desses japoneses que lutavam pela glória da pátria distante e matavam todos os que aceitaram a derrota do Japão. Era época de perigo pelas ruas e muito violência entre os orientais onde a colônia era muito grande, como nos locais que citei.
Por falar em guerra, um filho de japoneses me disse para assistir RAN, filme do Kurosawa, que fala das perdas da guerra e mostra que ninguém vence. Fiquei curiosa. Gosto de indicações assim. Conversamos a respeito da Shindo Remei, também.
Estive em longas e interessantes conversas com esse filho de japoneses porque fui com ele para Garça, à serviço. Duas audiências em dias imediatos. Uma loucura de cansaço. Pudera! O corpo maltratado por causa do tombo!!!
Contei para meu irmão que eu iria para a terra dele. Perguntei se queria alguma coisa de lá e ele nem ligou. Ele não sente falta de raiz sob os pés como eu.
Chuva e estrada me trouxeram para casa ontem à noite. Inteira, porque eu conduzi o carro por mais de 4 horas. Ainda bem que trata-se da Castelo Branco. Tapete perfeito e muito bem sinalizada e nenhum acidente ou contatempo no caminho.
Quando cheguei, ontem, o Baltazar já descera do apartamento da madrinha e a minha empregada me devolvera Thelma Louise. Ambos fizeram festa e nos aconchegamos. Como é bom voltar para casa!
Levantei tarde e trabalhei como uma moura a tarde toda, hoje.
Vou dormir com ele que acabou de chegar de BH. A familia está reunida, de novo.
Bjkª. Elza Ah ... claro que existiam muitas garças por lá e a cidade tomou esse nome.
Outro tombo

Andava eu pela calçada com o Baltazar na coleira a cheirar todos os buraquinhos de piso e molhando os postes, quando me vi estatelada no chão, de novo!
Bati o joelho esquerdo e o ralei na calça jeans que vestia, ralei o cotovelo direito no chão duro e irregular a ponto de sangrar. O meu pé esquerdo estalou.
Fiquei igualzinha a uma pamonha no chão, sem conseguir me mover. Baltazar sentou-se ao meu lado e ficou apreciando a humana dele espatifada e sem ação.
Um senhor veio me ajudar. Pequenino e com forte acento português na fala mansa, muito solicito, de pouca valia, pois, sou maior do que ele e, possívelemnte mais pesada.
Mesmo assim, o apoio moral foi grande e ele me levou até o posto de gasolina da esquina, de onde telefonei para meu marido vir nos buscar.
Esse agradável senhor, que pensei ser muito mais velho do que eu, me disse: - É ... na nossa idade temos que tomar muito cuidado!!! Na mesma hora ele perdeu o status de meu salvador kakakakak
Claro que estou de molho com gelo no pé, gelo no cotovelo e mais gelo no joelho... Já tomei um comprimido para dor e agora, esperar que tudo cicratize.
Algumas lágrimas de desapontamento misturadas com as de tristeza porque ele despencaria para BH, de novo, como já o fez...Na hora em que caí estava pensando no post do dia internacional da mulher e nas coisas que deixei de dizer. Ao mesmo tempo, tanta gente falando sobre o mesmo tema, eu acabaria por repetir alguém ...
Estou aqui, mais uma vez na retaguarda, o que muito me incomoda.
Bjkª. Elza
Dia internacional da Mulher
O simples fato de a mulher ter recebido um dia internacional só para si pode ser considerado avanço na luta pela valorização?
Deixei de postar o selinho da blogagem coletiva devido minha crassa e conhecida igorância.
Bjkª. Elza O OUTRO BLOG DO BEAGLE ADERIU À POSTAGEM COLETIVA.
Redução de estomago
Sem assunto
Sai com o Baltazar pela manhã.
Fui à Justiça para resolver coisinhas de clientes. Resolvi.
Abasteci o carro antes de ficar no meio fio sem combustível.
Falei com meu irmão mais velho e pedi que ele redigisse para mim porque estou com preguiça. Ele disse que sim. ÔBA!!!
Minha sobrinha linda, maravilhosa, iluminada, educada, inteligente, simpática, extrovertida, e todos os elogios que alguém possa merecer me ligou: -Tia quero assistir audiência criminal ... Outro advogado na familia!
Jantamos carne seca desfiada com salada de alface e tomates e pão francês quentinho. H2O para acompanhar e banana prata de sobremesa.
Saí com o Baltazar, outra vez.
Estou cansada, com sono e sem assunto.
Êta post besta!!!!!!!!!!!!!!!!!
Repare que não usei "um" ou "uma" ... basta atenção para derrotar o vicio!
Bjkª. Elza
Educação

Minha gatinha querida
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