quarta-feira, abril 04, 2007

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Era uma terça-feira muito quente como tantas outras.
O vento quente soprava macio e o entardecer sem surpresas se avizinhava.
Uma porta bateu, denotando que o vento aumentara de velocidade.
As nuvens baixaram.
Luzes foram acesas por que a noite chegou mais cedo.
A galharia das árvores começou a se movimentar e as pessoas sumiram das calçadas.
Choveu pouco e todo entrou na mais completa calma e normalidade, menos a energia elétrica que foi cortada às 16h30mim.
Há poucos quilômetros de distância houve queda de árvores que levou consigo fios elétricos; queda de painéis de propaganda; cobertura de galpões e de hangares voaram para cima de residências; pessoas viram-se arrastadas pela força do vento e carros se chocaram por causa das águas e dos ventos. No aeroporto mais movimentado do Brasil aviões que estavam na pista foram empurrados sobre outros; helicópteros arrasatados assim como aviões de pequeno porte.
Chuva com vento forte e rajadas mais fortes ainda, comprovaram que a natureza cobra sua conta do ser humano insensível e egoísta.
Eu estava em casa, com meus bichos, protegida da catátrofe que abateu meu bairro e todos os demais vizinhos do aeroporto.
Minha amiga cachorreira não teve a mesma sorte. Ela, que estava na rua desde às 9h da manhã; a Mãe de 83 anos que precisa de andador, mais o filho de 11 anos estavam na rua e não puderam voltar para casa. São 12 andares de escadas e a Dª Sylvia não sobe nem 3 degraus sozinha... Ficaram na rua, em estado de desespero. Não conseguiram hotel aqui nas imediações. Por fim, os bombeiros foram acionados porque, de alguma forma a D. Sylvia precisava chegar em casa. Enquanto aguardava os bombeiros, minha amiga deixou a Mãe e o filho no carro, dentro da garagem, no subsolo e subiu 13 andarem para acudir os bichos. Estavam sem água e sem comida e muito assustadas. Desci para controlar a situação com os bombeiros. Moro em andar baixo e resolvemos trazer D. Sylvia para meu apartamento.
Depois de respirarem fundo e decidirem começar o transporte, a energia foi religada. Eram 2h30min.
Elevador acionado e dª Sylvia chegou na casa dela, quase 12 horas depois de ter saído para o dentista, aliviada.
Os bombeiros não puderam sair daqui da porta porque acabou a bateria do caminhão. Minha amiga e eu descemos com água gelada, copos, suco, pacotes de bolachas e muito bom humor para aliviar a espera dos homens. Eles nos contaram que estavam serrando árvore desde as 15h e detalharam os demais desastres descritos acima. O socorro para eles chegou logo e, como prometido, eles buzinaram para nós para dizer bom dia.

Digam o que quiserem, mas a PM paulista é poderosa! Tenho o maior carinho por esta corporação que já foi Guarda Civil e tinha as Rádio Patrulhas que circulavam pela cidade então tranquila. Meus agradecimentos a esses homens valorosos que trabalham muito e deveriam receber salários mais elevados.

Bjkª. Elza

8 comentários:

Anônimo disse...

Adoro bombeiros. Todos. Bjs e ainda esperando por vc aqui, na varanda.

Anônimo disse...

Menina, eu vi pela internet o desastre.
E depois dizem que no Brasil não tem furacão!
Bravos e heróicos bombeiros, são os únicos milicos que merecem todo nosso carinho. Os outros, sempre me causam um certo receio.
Beijos

Anônimo disse...

Ano passado passou aqui pela Europa um furacão. Você deve ter visto nos noticiários. Aqui na Alemanha a área mais atingida foi ao sul. Mas mesmo assim fiquei assustadíssima com os fortes ventos que só faltava arrebentar as janelas da casa. Pelas ruas eram árvores enormes arrancadas pelas raízes!!! Coisa de deixar qualquer um assustado!!! Entendo o que vocês passaram. Os bombeiros aqui também são um verdadeiro time de competentes!!!
Bjos!

Anônimo disse...

Que medo dessa confusão! Bjo

Anônimo disse...

comprei um presente para Thelminha. Coleirinha, ca-la-ro.

Blog do Beagle disse...

Barbara, estou com uma flor amarela, linda linda, para entregar para a LOuise... Adoro bombeiros, também.

Kith, estamos pagando o preço, né?

Sraake: medo eu tive noutro dia... O vento ventou aqui no meu bairro e sacudiu as minhas janelas, derrubou árvore aqui do lado, teve ponto de alagamento 100 metros daqui ... No dia do apagão tive só a rebarba do tornado.

Kris, dá medo, mesmo.

Bjkª para todas. Elza

Saramar disse...

Elza, vim lhe desejar feliz páscoa e à sua família, desejando também que a esperança sempre a acompanhe em todos os dias.

beijos

Saramar disse...

Oi, querido e desaparecido amigo, vim lhe desejar uma páscoa muito feliz, com a renovação da esperança para todos os dias.

beijos

Thelma Louise

Thelma Louise
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Elza Maria sempre em busca de respostas. Paradoxal, curiosa, inteligente, crítica, observadora, sentimental, habilidosa, amorosa, sensível, disciplinada e um montão de outras coisas. Ser humano normal, comum, mediano, mas que gosta de escrever e está no quarto blog.

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