domingo, julho 01, 2007
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domingo, julho 01, 2007 | 
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Blog do Beagle
MEU IRMÃO ESTÁ NA UTI SEMI INTENSIVA
A saudade falou mais alto que o bom senso.Telefonei para o hospital em busca de notícias. A enfermeira que o acompanha passou-lhe o fone. Ouvi sua voz e chorei. Conversamos, rapidamente. Eu disse que não queria constrangimentos e sempre me informava pelo outro irmão.
- " Que constrangimento, que nada. Venha quando quiser."
Desliguei o telefone. Liguei o carro. Lá cheguei em menos de 10 minutos.
Magro; sem barba, com os dentes tortos por conta do tubo que o ajudou a respirar; inchado; há 38 dias sem mastigar; falando por meio do aparelho instalado na traqueostomia; todo monitorado, pareceu-me contente por me ver.
Assim que cheguei o outro irmão entrou e ficamos os três, juntos, como há muito não acontecia. O mais novo me pedia um beijo e eu secava as mãos para me aproximar do doente ... momento leve e descontraído.
_ Calma que sua vez chegará. Primeiro o doentinho e depois você, eu disse.
- Quer dizer que você chegou agora?
- Só o tempo de lavar as mãos nos separou.
Mano véio falou sem parar. Entusiasmado, contou a origem do nosso sobrenome, falou de seus planos para o futuro e contou que teve convulsões na crise de abstinência de cigarro, na UTI. Foi amarrado e sedado para não sair do respirador. Contou sobre o filho; contou ... contou ... contou ...
Gostaria de ter palavras para dizer do meu alívio. Além de ver e ouvir meu irmão, cruzei com aquela esposa dele que teve a inédita e impensada gentileza de não me dirigir sequer um cumprimento.
Será que um dia ele entenderá por que precisei assumir a entidade? Deixei uma pista com ele, hoje.
Bjkª. Elza
A saudade falou mais alto que o bom senso.Telefonei para o hospital em busca de notícias. A enfermeira que o acompanha passou-lhe o fone. Ouvi sua voz e chorei. Conversamos, rapidamente. Eu disse que não queria constrangimentos e sempre me informava pelo outro irmão.
- " Que constrangimento, que nada. Venha quando quiser."
Desliguei o telefone. Liguei o carro. Lá cheguei em menos de 10 minutos.
Magro; sem barba, com os dentes tortos por conta do tubo que o ajudou a respirar; inchado; há 38 dias sem mastigar; falando por meio do aparelho instalado na traqueostomia; todo monitorado, pareceu-me contente por me ver.
Assim que cheguei o outro irmão entrou e ficamos os três, juntos, como há muito não acontecia. O mais novo me pedia um beijo e eu secava as mãos para me aproximar do doente ... momento leve e descontraído.
_ Calma que sua vez chegará. Primeiro o doentinho e depois você, eu disse.
- Quer dizer que você chegou agora?
- Só o tempo de lavar as mãos nos separou.
Mano véio falou sem parar. Entusiasmado, contou a origem do nosso sobrenome, falou de seus planos para o futuro e contou que teve convulsões na crise de abstinência de cigarro, na UTI. Foi amarrado e sedado para não sair do respirador. Contou sobre o filho; contou ... contou ... contou ...
Gostaria de ter palavras para dizer do meu alívio. Além de ver e ouvir meu irmão, cruzei com aquela esposa dele que teve a inédita e impensada gentileza de não me dirigir sequer um cumprimento.
Será que um dia ele entenderá por que precisei assumir a entidade? Deixei uma pista com ele, hoje.
Bjkª. Elza
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5 comentários:
Oi, Elza!!!
Estava lá no blog da Meire e quando li o nome do seu blog precisei passar por aqui para dar uma conferida, acho que nem preciso dizer que já tenho alguma convivência com alguns beagles, rsrsrsrs...
Comecei a xeretar e já amei a sua descrição. Adorei "conhecer" o Baltazar, a Thelma... você já conseguiu acertar a conexão com o speedy?
Li muita coisa por aqui, ri, me emocionei, só não li mais porque de repente o blogspot aqui começou a ficar lento, lento... leeeeeentoooo...
Beijão, Lu.
Bom saber que os três irmãos estão se entendendo. Continuo rezando pra que seu irmão saia dessa rapidinho.
Beijos
Li tudo que perdi nestes últimos dias. Que saudade Elzinha! Precisamos marcar algo e rápido. bj bj
Também venho aqui mais vezes... fui lá no seu outro blog atrás das fotos da Thelma e vi uma foto do Baltazar equilibrado no sofá pra ver a rua... igualzinho ao Ed Wood, lá na mamãe!
E é verdade... dono de beagle SEMPRE pára na rua quando vê outro... o Ed Wood é um beagle baixinho e altamente maluco, mas a nossa primeira foi a Bellie, que viveu entre 1983 e 1995, ela era um tipo mais longilíneo, igual ao Baltazar.
Também "tivemos" o Lancelot, esse era da minha avó e morava lá no sítio dela, foi um beagle inglês enorme de grande e maluco toda a vida, viveu mais de 16 anos (isso porque morreu em uma briga com outro cachorro por causa de fêmea) e durante muitos anos metade dos vira-latas de Itatiba tinha a cara dele, AHAHAHA...
beijão!!!!
Luciana, estive nos seus espaços e deixei recado no eeepa. Volte sempre. Linkei você.
Kith, há uma bareira entre nós.
Barbara, que bom que vc vem me visitar. Saudade.
Bjkª para todos.
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